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Uma história de amor (próprio)

Imagine um dia de tempestade.

Imagine que está há várias horas, dias, meses, nessa tempestade.



Já perdeu há muito, o guarda chuva. O vento é tão forte que "a" e "o" empurra para trás.

Mas insiste, apesar do cansaço, do frio e da sensação de que ninguém vê, ninguém, ouve, ninguém ajuda. E também, nem sabe bem o que poderia ajudar. Ainda para mais, na tentativa de fugir, percebe que se perdeu.

O desespero começa a dominar o seu coração, corpo, vida.


Eis que surge uma porta inesperada, escondida por detrás de um monte de ramos. É discreta, mas não deixa dúvidas.

Hesita: "Continuo a tentar seguir pela tempestade ou páro ali um bocado, para ver o que há do outro lado?".

Decide ir lá bater à porta. Um chocolate quente ia dar mesmo jeito! Então descobre que não precisa bater. Basta empurrar.

Lá dentro encontra um novo mundo. A primeira coisa que encontra, é um casaco quente. Depois, a tão ansiada bebida. De seguida, um espaço silencioso e acolhedor que se lhe oferece como um colo maternal.

A partir daí, são muitas as salas que decide percorrer, entrando e fechando muitas portas. Experimentando, sentindo, descobrindo, acolhendo. E, sobretudo, escolhendo sempre o momento de entrar e sair de cada lugar.

Até que chega a hora de deixar a casa e seguir viagem.

Está mais forte, mais vertical. Mais nutrido e nutrida. E um sorriso nasce-lhe no peito, nos olhos, no rosto. No céu.

E aprende que não será a tempestade a impedir-lhe o caminho.

Então descobre um arco íris que se abre só para si.

Porque se atreveu a encontrá-lo. Nesse momento, percebe que já chegou ao seu destino que, afinal, sempre esteve tão perto.

Então descobre as quatro palavras que passarão a ser o seu bastão quando voltar a tempestade: silêncio,

observação,

presença e

autoridade.

O sorriso que oferecer à vida terá a luz do arco íris.


Tudo isto, está em si. É a magia do autoconhecimento. Faça o caminho e não mais se sentirá só.

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