A sensação de se estar fora do mundo, de invisibilidade ou de não ser importante para alguém, é recorrente nas minhas sessões de Leitura Energética Profunda (Leitura da Aura).
Por muito que não queiramos, a verdade é que o convívio prolongado com pessoas que nos depreciam ou subvalorizam, causa dano na autoestima e, consequentemente, na imagem que temos de nós próprias/os.

Então entramos num ciclo vicioso: se não me sinto valorizada/o, sinto-me invisível. Mas se eu quiser inverter o processo, não encontro nas pessoas que sempre quero agradar, o justo reconhecimento do meu esforço. E tudo cai por terra à primeira aragem. Porque o lugar de onde arrancamos já é stressante, forçado, ansioso. Eu quero que os outros vejam o meu valor e vou-me esforçar para o conseguir.
No entanto, todas estas lutas acontecem ao nível da mente consciente que, cansada, chega a um ponto em que nada parece resultar. Todas as teorias caem por terra e a desmotivação acontece e, consequentemente, o impacto emocional que tudo isto causa.
Quando tal acontece, é muito importante termos acesso aos circuitos energéticos que se movem, entrando assim na compreensão das histórias inconscientes que os justificam e que estão por detrás das nossas sensações.
Aconteceu com a Ana (nome fictício) expor-me a sua frustração em relação à área amorosa da sua vida. Sentia que as suas relações não funcionavam e estava prestes a terminar uma que ainda mal tinha começado. Sentia-se invisível para os homens e essa sensação estava a começar a estender-se ao resto da sua vida. A imagem que o seu inconsciente mostrou numa determinada parte da leitura, era a sua personificação numa rapariga em que a cabeça era de uma senhora mais velha, o corpo de uma jovem hippie e os pés de uma criança. Ou seja, a indefinição com que ela se apresentava nas suas relações, causava confusão e insegurança no outro, curiosamente, aquilo que ela também sentia. Ao analisar a imagem metafórica, ela compreendeu que pensava como uma pessoa mais velha, sentia como uma rebelde, e atuava na vida como uma criança. Em que é que ficávamos? Se o coração era rebelde, porquê prender-se daquela forma? Porque não trabalhar em si esse espírito criativo, sem que isso a destruturasse, mas também não a paralisasse? Numa leitura que foi bem mais ampla, esta foi a alavanca que devolveu o brilho aos olhos da Ana. Já sabia o que tinha a fazer. E o alívio que sentiu foi a sua maior limpeza.
Quando nos sentimos invisíveis, é vital que entremos dentro para encontrar a peça solta, aquela que nos torna à mercê dos outros. As histórias permitem uma maior lucidez e informação adicional que sempre nos acabam por dar ferramentas até então adormecidas. Porque só assim podemos, de uma forma consciente e segura, virar a mesa e ditar novas regras de convivência.
Pode ter a certeza, será bem visível a partir daí.