(Texto em Podcast, no Spotify. "Vista para dentro")
A paixão faz bolhas no coração, cheias de espuma.
Não doem, mas ardem.
Não lavam, mas molham.
Não perduram, mas nunca são indiferentes.
Em estado de paixão, atravessamos muros, somos criativos, excessivos, impulsivos.
Viramo-nos do avesso, num estado deliciosamente febril. Para depois cairmos em nós, num cansaço bom que se prepara para o passo seguinte. Então a paixão pode se transformar em amor, ou missão. Evoluímos do entusiasmo para a solidez.
Ou então, tão depressa como surgiu, também se vai embora.
A paixão é assim, uma explosão que nos arranca da inércia, agita a vida e nos obriga a decidir.
Aconteça o que acontecer, são períodos felizes e produtivos.
Mesmo que não dêm frutos, deixam sempre uma semente.
Viver em permanente paixão não traz equilíbrio. Mas passar por ela, pode ser a peça que precisamos para nos arrancar de uma sufocante estagnação.
Por isso, apaixonemo-nos! Por uma pessoa, uma ideia, um projeto, um sonho! Ou uma música, um livro, um hobbie. Em paixão, há entusiasmo. E com entusiasmo, nunca nos faltará o brilho da vitalidade.
Pergunta para reflexão: O que mais "o" e "a" apaixona na sua vida?
Imagem de Pavel Jurča por Pixabay